A procura pelo chocolate aumenta a cada ano. Países
que não tinham o consumo do doce em sua tradição, como a China e Índia,
passaram a comercializá-lo em maiores quantidades, expandindo o mercado
consumidor nas duas nações mais populosas do mundo. A procura pelo cacau é
amplamente superior à produção, o que pode trazer, a médio e longo prazo, um
aumento significativo do valor cobrado pela iguaria.
Foto: Reprodução/Google
Os fatores que desencadearam essa escassez já são
conhecidos. A planta do cacau não cresce em qualquer local, pois requer
temperatura e clima muito particulares. Outro ponto é que os três países
líderes no cultivo do cacau, Costa do Marfim, Gana e Indonésia sofrem muito com
guerras-civis e desastres naturais. Perto de nossa realidade, mais precisamente
no México e até em solo brasileiro, o fruto também pode ser encontrado, mas a
quantidade não é significativa.
No caso do continente africano o problema se estende
às condições de solo e de trabalho oferecidas, uma vez que os operários os
trabalhadores das fazendas recebem valores muitos baixos em relação quanto é
comercializado. O baixo salário muitas vezes inviabiliza o cultivo. Muitos
produtores ainda mantém o cultivo, no entanto os seus filhos, cientes das
condições enfrentadas, procuram outras alternativas para sobreviver. Os que permanecem
junto aos pais, plantam opções mais rentáveis, como a palma, utilizada para
fabricação de biocombustíveis.
Para que o chocolate não deixe de existir, alguns
pesquisadores trabalham para desenvolver cacaueiros que cresçam em temperaturas mais
baixas. Além disso, surgem iniciativas para remunerar os produtores de forma
mais justa, segurando os que hoje vivem do cultivo e atraindo outros.
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