Essencial para a existência
humana a alimentação é pauta de inúmeras discussões ao redor do mundo,
principalmente quando se fala em desperdício. Segundo dados da ONU (Organização
das Nações Unidas) a quantidade de comida desperdiçada é superior à quantidade
necessária para alimentar pessoas que passam fome, que já são cerca de 821
milhões de cidadãos. Um terço de toda a comida produzida no planeta, vai para o
lixo sem nenhum destino específico.
Pensando neste preocupante
cenário, o Mesa Brasil Sesc, projeto de redução de desperdício alimentar,
desenvolveu há 16 anos uma estratégia para minimizar o desperdício, fazendo uma
espécie de ponto entre empresas do ramo alimentício e instituições. Assim, o
que não será mais comercializado, é repassado pelo projeto, para pessoas de
maior vulnerabilidade social. Ao todo são 84 entidades e cerca de 11 mil
pessoas beneficiadas, que recebem insumos de 43 empresas, entre mercados,
indústrias e centros de distribuição do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. O
total arrecadado chegou à 117 toneladas de comida que iria para o lixo por não
atender os padrões de qualidade imposto pelos clientes ou por estarem perto do
vencimento, entre eles, arroz, feijão, pão, carne e frutas.
No entanto, o processo não é
simples, pois além da grande quantidade de produtos a serem transportados e distribuídos
nas entidades, existem leis e normas de segurança alimentar extremamente
rígidas quando se fala em destinação de comida excedente, em outras palavras, a
sobra dessas grandes empresas. Dessa forma, o Mesa Brasil Sesc recolhe somente
os produtos que atendem mais facilmente tais regulamentações, - Toda manhã o
caminhão sai, coleta esses alimentos nos parceiros e depois faz a entrega às
entidades. Cada item é analisado um a um, para verificar as condições de
consumo e se não está vencido. Tudo o que é recolhido no dia precisa ser
entregue antes de o expediente acabar – explica Maria Aurenice Rodrigues Josino,
nutricionista do Mesa Brasil.
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